Aí vai uma parte do primeiro capítulo:
Apresentações
Era noite, fiquei me perguntando como o tempo tinha passado tão rápido. O beco em que eu estava não ajudava nem um pouco com a escuridão. Os poucos indivíduos com quem eu cruzava se afastavam de mim automaticamente. Não me importava mais, já estava acostumada. 90% das pessoas não gostavam de mim, achavam que eu iria fazer mal a elas. Não podia culpa-lás. Eu deixava de confiar em mim mesma às vezes, quando não conseguia me controlar. Então, era por isso que elas se afastavam: auto - preservação.
Suspirei alto. Pelo canto do olho, vi que isso fez um cara se afastar mais alguns metros de mim.
Entrei num hotel, estava quase vazio tirando algumas pessoas no fundo, perto da janela. Eles me olhavam com medo nos olhos, há não ser um, ele me olhava de um jeito diferente, não consegui ler a expressão dele. Ele foi o único que se levantou e teve coragem de passar por onde eu estava. Estranho, as pessoas normais geralmente não fazem isso, pensei, franzindo o cenho. O cara do balcão não parecia ter ouvido minha entrada silenciosa.
- Sim? – ele perguntou
O balconista não aparentava quarenta anos, apesar de sua calvície. Ele era mais baixo que eu e tinha um sorriso amigável. Mas depois ele desapareceu.
Quando viu que era eu, arregalou os olhos e abriu a boca, mas nada saiu de lá.
- Quero um quarto – Declarei o óbvio
- De s-solteiro? – ele gaguejou, depois de um desconfortável minuto
Sorri, tentando acalmá-lo, mas escutei seu coração acelerar.
- Sim, se não se importa – respondi
- C-claro que n-não – gaguejou de novo
Ele se virou e pegou rapidamente uma chave com o número 17 entalhado em uma madeira verde. Sorri novamente.
- Quanto vai ser? – perguntei, tirando do bolso a quantia que já sabia
- Quantas noites?
- Só esta – era impressão minha ou ele ficou aliviado?
- Trinta dólares – depois que falou isso, mordeu os lábios com força, tal vez pensando que o preço estava alto e eu descontaria minha falta de dinheiro com ele.
Passei a ele todo o dinheiro e mais um pouco.
- Pode ficar com o troco – disse já me virando para ir ao meu quarto
Era um quarto bem simples. Só tinha uma cama de solteiro - como pedi - uma mesa com um abajur em cima, um tapete meio mofado no chão, apenas uma janela com a cortina transparente e um espelho de corpo inteiro no lado da cama.
Perfeito.
Era o que eu precisava: um quarto que não chamava nem um pouco a atenção.
Fui até a janela. Não era muito alto. Lá em baixo, vi uma pessoa passando na calçada da frente. Quando me viu, correu. Dei um sorriso amarelo, imaginando como deveria parecer para eles. Estava de calças jeans levemente rasgadas nos joelhos, uma blusa regata cinza por baixo e um casaco preto volumoso por cima. Parecia uma sombra, pensei, uma sombra perigosa.
Deitei-me na cama, exausta pelo dia que tinha passado e o quanto havia andado. Me olhei no espelho, diretamente na direção dos meus olhos. Violeta. Meus olhos eram violetas, era isso que os faziam me reconhecer. Comecei a pensar, novamente, nas coisas que aconteceram desde que eu passei a existir:
1ª: O mundo virou de cabeça pra baixo; querem saber por quê? Bem, quando eu nasci... Espera, vou começar desde o inicio: Antes de mim, o mundo todo tinha medo do meu pai. Ele era o líder dos demônios, ninguém tinha coragem de enfrentá-lo, então apenas rezavam para que alguma coisa caísse do céu e nos salvasse.
E é ai que eu entro.
Quando os profetas anunciaram que a criança, filha de um anjo e de um demônio, capaz de salvar o mundo tinha nascido todos ficaram empolgadíssimos com o aviso. Menos meu pai, claro. Ele sabia que eu acabaria com o reinado dele, por isso sempre que podia me machucava e me dizia como era fraca e insignificante. Para mim passar a ter medo dele, o que não foi muito difícil. Meu maior medo é ele, por isso que fugi de casa há uns três anos quando, a propósito, foi no mesmo dia que ele matou minha mãe. Ela era um anjo, não no sentido de delicada, mas um anjo de verdade; desses que tem asas e supostamente moram no céu. Mas realmente anjos e demônios não gostam um do outro, não sei onde eles estavam com a cabeça quando resolveram ter uma filha. Eu não me importaria com isso, se minha vida toda não tivesse que me questionar sobre se eu era um dos mocinhos ou um dos bandidos, e então, acidentalmente derrubaram água benta em mim, ela não me feriu, mas revelou minha verdadeira identidade.
Um demônio.
Gostaram? Bem, eu ainda estou fazendo, mas queria muito a opinião de vocês.Beijos, Gee.
4 comentários:
Muito boa a historia.Vou querer o livro viu?Ser a primeira a te-lo.Eu estou morrendo de curiosidade sobre o que vai acontecer com ela.
Kisses,
Vicky
mylifevampira.blogspot.com
Bella, amei!
Posta o resto logo tá?
Bjs,
Bibi!
OBS.:estou com inveja de tão bom!
Ai, gente.
Obrigada, a opinião de vocês é muito importante pra mim1
Obrigada por seguir meu blog fiquei feliz ^-^
Eu amei essa parte q vc mostrou do livro achei bem original.
E na verdade eu to escrevendo zilhões de livros ao mesmo tempo (no total 14) e ainda mais 13 idéias na cabeça, mas a maioria delas se tratam de assuntos sobrenaturais com um pouco de romance, amei o blog bjs
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